O secretário da Casa Civil, Régis Fichtner, participou nesta
sexta-feira de fórum sobre a proposta de Parceria Público-Privada para
a universalização do acesso à internet em banda larga no estado do
Rio. O evento foi promovido pelo Sindicato das Empresas de Informática
(Seprorj). Projeto coordenado pela Secretaria da Casa Civil,
juntamente como Proderj (Centro de Tecnologia da Informação e
Comunicação do Estado do Rio de Janeiro) e a Secretaria de
Planejamento e Gestão, pretende tornar o estado 100% digital. De
acordo com o secretário da Casa Civil, a iniciativa é pioneira e visa
não apenas criar infra-estrutura para a transmissão de sinal aos
municípios, mas sobretudo gerar desenvolvimento sustentável e
capacitação de mão-de-obra.
- Queremos tornar o Rio o primeiro estado 100% digital no Brasil,
seremos vanguarda com este projeto. Vamos investir em parcerias com a
Secretaria de Ciência e Tecnologia em cursos à distância, em conteúdos
que possam ser disponibilizados nas escolas. Nas cidades onde o sinal
chega já temos a comprovação de resultados satisfatórios como novos
investimentos. Temos que evitar que as indústrias importem mão-de-obra
– disse.
Régis Fichtner informou ainda que a idéia é que os parceiros privados
vinculados ao projeto chamado Rio Digital possam vender a preços
atrativos o acesso à banda larga para a população e para os pequenos e
médios empresários das regiões beneficiadas.
Segundo a presidente do Proderj, Tereza Porto, estão previstas três
etapas para que o sinal digital chegue aos 92 municípios do Rio. Na
primeira fase, em 2008, serão seis corredores de internet que irão
atender a 35 cidades. Na segunda fase, em 2009, dois novos corredores
em 29 municípios. A última fase está prevista para o ano de 2010 para
o restante das cidades. A utilização da PPP vai acelerar a realização
do projeto que pelo planejamento da Anatel só poderia se tornar
realidade em 2020 nas cidades com menos de 50 mil habitantes.
- Montar a rede é possível para o estado, mas não é barato manter uma
estrutura dessas funcionando bem e sendo atualizada. Portanto, é
complicado para o poder público manter isso. A lei das PPPs prevê
prazo de concessão de 5 a 35 anos. Esta será apenas a primeira reunião
de muitas para discutirmos este modelo e beneficiarmos o Rio de
Janeiro – informou Tereza Porto ao apresentar um vídeo sobre o projeto
Rio Digital para os profissionais de Tecnologia da Informação (TI) e
empresários presentes no fórum.
- Nosso objetivo não é criar uma rede pública de acesso, é permitir
que as prefeituras também recebam o sinal, que ele chegue aos postos
de saúde, escolas e mais do que isso: é oferecer a população e as
micro e pequenas empresas acesso à banda larga. Este é o primeiro
exemplo brasileiro onde o governo do estado faz parte do projeto. As
outras experiências no país são municipais – completou.
Por Julia de Brito
Por: Assessoria de Comunicação