Mais de 60 milhões de pessoas na Tailândia, Laos, Camboja e Vietnã estão sofrendo com a seca do rio Mekong, que está no nível mais baixo registrado nos últimos 50 anos.
Ativistas culpam hidrelétricas chinesas como sendo o principal fator para a diminuição do fluxo de água no rio. Atualmente, a China possui oito usinas em funcionamento ou em construção no Mekong, mas planeja aumentar ainda mais esse número.
Durante um encontro para discutir a situação do rio, realizado na Tailândia neste fim de semana, o representante do ministério do exterior da China, Song Tao, defendeu as hidrelétricas.
“Estatísticas mostram que a recente seca pode ser atribuída ao clima e que ela não tem nada a ver com o desenvolvimento energético chinês”, afirmou Tao.
O primeiro-ministro tailandês Abhisit Vejjajiva comentou no encontro que o diálogo com a China tem melhorado e que existe a expectativa de que mais informações sobre as hidrelétricas sejam divulgadas para todos os países da região.
“O rio Mekong está ameaçado por diversos problemas sérios, como o uso descontrolado da água e os efeitos das mudanças climáticas. Ele não irá sobreviver sem uma melhora na administração de seus recursos”, disse Vejjajiva.
Fabiano Ávila
Por: CarbonoBrasil/Agências internacionais