Pierre Teilhard de Chardin nasceu em Orcines, na França, e faleceu nos EUA. Criado em uma família católica, entrou para a Companhia de Jesus no ano de 1899. Foi um padre jesuíta, teólogo, filósofo e paleontólogo.
Deixou para a posteridade uma filosofia que procurou reconciliar a ciência do mundo material com as forças sagradas do divino e sua teologia. Disposto a desfazer o mal entendido entre a ciência e a religião, conseguiu ser mal visto pelos representantes de ambas.
Muitos colegas cientistas negaram o valor científico de sua obra, acusando-a de vir carregada de um misticismo e de uma linguagem estranha à ciência. Do lado da Igreja Católica, por sua vez, foi proibido de lecionar, de publicar suas obras teológicas e submetido a um quase exílio na China.
“Nós mesmos somos o nosso pior inimigo. Nada pode destruir a humanidade, mas somente a própria humanidade.”
“Você não é um ser humano em busca de uma experiência espiritual. Você é um ser espiritual imerso em uma experiência humana. “
“O homem não é apenas um ser que sabe, mas é também um ser que sabe que sabe.”
“Vós, cujo apelo precede o primeiro de nossos movimentos, concedei-me meu Deus, o desejo de desejar o Ser, a fim de que, por esta mesma sede que me destes, abra-se largamente em mim, o acesso às grandes àguas.”
“Na verdade, duvido que haja para o ser pensante momento mais decisivo do que aquele em que, caindo-lhe as vendas dos olhos, ele descobre que não é um elemento perdido nas solitudes cósmicas, mas uma vontade de viver universal que nele converge e se hominiza.”
“Sim, dois mil anos é uma longa etapa para o ser humano. Depois de vinte séculos, tantas perspectivas se acham modificadas que é necessário, religiosamente, mudarmos de pele. As formas encolheram e se esclerosaram. Incomodam-nos e deixam de nos comover. Para continuar a viver, é preciso mudar.”
“Há momentos em que tenho a impressão de ser um destes passarinhos que se vê turbilhonar com um vento forte. As forças espirituais são de um poder e de um mistério ainda maiores do que as forças da matéria.”
A alma humana é feita para não estar sozinha.
Todos os que querem afirmar uma verdade antes do tempo arriscam-se a descobrirem-se heréticos.”
Não há nada valioso, exceto a parte de você que é encontrada em outras pessoas e a parte de outros que está em você.
O amor universal não é apenas psicologicamente possível, mas o único, completo e definitivo modo de amar.
Tudo o que um homem pode fazer, certamente, é dar seu carinho a um único ser ou a alguns seres humanos.
Algum dia, quando tivermos dominado os ventos, as ondas, as marés e a gravidade, utilizaremos as energias do amor. Então, pela segunda vez na história do mundo, o homem descobrirá o fogo.
O barbarismo da nossa época é ainda mais espantoso pelo fato de tanta gente não ficar realmente estarrecida com ele.
Na escala do cosmos só o fantástico tem condição de ser verdadeiro.
O amor é a mais universal, a mais tremenda e a mais mística das forças cósmicas. O amor é a energia psíquica primordial e universal. O amor é uma sagrada reserva de energia; é como o sangue de evolução espiritual.
A crise nada mais é do que um mal do crescimento por meio do qual se exprime em nós, como no trabalho de parto, a lei misteriosa que da mais humilde química à mais elevada síntese do Espírito, faz com que todo o processo rumo a uma unidade maior se traduza e se transmita, a cada vez, em termos de trabalho e de esforço.