Ariano Vilar Suassuna foi um dramaturgo, romancista, ensaísta, poeta e professor brasileiro. Idealizador do Movimento Armorial e autor das obras Auto da Compadecida e O Romance d’A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta, foi um preeminente defensor da cultura do Nordeste do Brasil.
Nasceu em Nossa Senhora das Neves, João Pessoa (PB), filho de Cássia Villar e João Suassuna. No ano seguinte, seu pai deixa o governo da Paraíba e a família passa a morar no sertão, na Fazenda Acauhan.
Com a Revolução de 30, seu pai foi assassinado por motivos políticos no Rio de Janeiro e a família mudou-se para Taperoá, onde morou de 1933 a 1937. Nessa cidade, Ariano fez seus primeiros estudos e assistiu pela primeira vez a uma peça de mamulengos e a um desafio de viola, cujo caráter de “improvisação” seria uma das marcas registradas também da sua produção teatral.
Em 1950, formou-se na Faculdade de Direito e recebeu o Prêmio Martins Pena pelo Auto de João da Cruz.
Membro fundador do Conselho Federal de Cultura, foi ocupante da Cadeira nº 32 da Academia Brasileira de Letras, eleito em 3 de agosto de 1989. Faleceu com 87 anos.
A tarefa de viver é dura, mas fascinante
Tenho duas armas para lutar contra o desespero, a tristeza e até a morte: o riso a cavalo e o galope do sonho. É com isso que enfrento essa dura e fascinante tarefa de viver.
O otimista é um tolo. O pessimista, um chato. Bom mesmo é ser um realista esperançoso.
Quem gosta de ler não morre só.
A globalização é o novo nome do imperialismo. A massificação procura baixar a qualidade artística para a altura do gosto médio. Em arte, o gosto médio é mais prejudicial do que o mau gosto. Nunca vi um gênio com gosto médio.
Arte pra mim não é produto de mercado. Podem me chamar de romântico. Arte pra mim é missão, vocação e festa.
É muito difícil você vencer a injustiça secular, que dilacera o Brasil em dois países distintos: o país dos privilegiados e o país dos despossuídos.
Eu digo sempre que das três virtudes teologais, eu sou fraco na fé e fraco na qualidade, só me resta a esperança. Eu sou o homem da esperança.
O ser humano é o mesmo em qualquer lugar, em qualquer tempo, em qualquer que seja a condição. Você pode ser rico ou pobre, mas os problemas que afetam o ser humano são os mesmos.
Ser poeta é muito bom porque eu não tenho nenhuma obrigação de veracidade. Eu posso mentir à vontade, cientista é que não pode.
O sonho é que leva a gente para frente. Se a gente for seguir a razão, fica aquietado, acomodado.
Não troco o meu “Oxente” pelo OK de ninguém.