Certa vez, conversando com um amigo sobre como somos prisioneiros do jogo de buscar a felicidade e de evitar o sofrimento. Ele comentou que achava que as pessoas hoje não estão mais buscando a “felicidade”, mas estão se contentando em apenas sobreviver e ter momentos felizes.
Ultimamente, tenho estudado e refletido sobre alguns temas importantes, tanto no âmbito social como em relação à nossa evolução espiritual. Tenho me perguntado sobre as reais possibilidades de melhoria social, sendo a maioria das pessoas tão interesseiras e egoístas para um objetivo tão nobre. Me lembro das palavras do Eclesiastes:
Em 28 de junho de 2014 se completarão os cem anos do início da Primeira Guerra Mundial. Devemos nos lembrar de que, se não temos inimigos externos a nos ameaçar a vida, muitos de nossos ancestrais recentes vieram fugidos de situações de genocídio, cujos efeitos ainda reverberam em nossas histórias pessoais, sendo, inclusive, responsáveis pela transmissão de geração em geração de comportamentos neuróticos originados em traumas de guerra.
Essas duas interrogações movimentam os grupos de oração que assessoro. Diante da depressão cívica que assola o Brasil, há que recorrer à lâmpada de Diógenes e buscar luz no fim do túnel.
Há muitas causas que levaram à atual crise ecológica. Mas temos que chegar à última: a ruptura permanente da re-ligação básica que o ser humano introduziu, alimentou e perpetuou com o conjunto do universo e com seu Criador.
Muitas vezes nos orgulhamos de ter a mente aberta. Mas cabe uma pergunta: aberta para quê? Quando entramos em contato com alguma ideia ou situação nova geralmente levamos nossas próprias ideias como reflexo, que vai checando tudo aquilo que se apresenta para nós. É como se fosse um grande quebra-cabeça, no qual vamos comparando as pecinhas (as novas ideias e situações) com a foto da tampa da caixa (nossas ideias preconcebidas).
Há pecados sem os quais a humanidade não teria sobrevivido. Nossos ancestrais nos ensinaram, evolutivamente, que a vida exige de nós mais do que o “politicamente correto” anda apregoando por aí. Parece brincadeira, mas há um abismo quase intransponível entre aquilo que se diz (que simulamos ser o melhor, o desejável) e o que se faz (que, via de regra, deveria ser combatido e evitado).
Recolhidos às nossas casas, nós vivemos tempos de profundas reflexões. Se dentro do princípio de sincronicidade, tudo tem um significado, porque estamos sendo convocados ao uso de máscaras, para evitarmos a contaminação pelo Corona Virus? Como sempre, fui até o dicionário online e lá, encontrei a seguinte definição de máscara: Peça com que se cobre parcial ou totalmente o rosto para ocultar a própria identidade. No Teatro, máscara é assim definida: “Peça com que os atores cobrem o rosto para caracterizar o personagem”. Estranho! O que tudo isto nos quer dizer? Está se tornando evidente que, neste final civilizatório, estávamos escondendo nossas verdadeiras identidades, representando personagens criados por nós mesmos? Parei para pensar sobre isto! Numa corrida desenfreada em busca dos modelos sociais de sucesso e realização, sufocamos nossas individualidades para cedermos às pressões da persona?
Jornal Século XXI (Fórum)
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